domingo, fevereiro 18, 2007

ProCuRa-sE Um AmiGo

Há uns dias atrás vi no Mundo de Avessos um post da minha amiga Troiana com algumas partes deste belíssimo texto de Vinicius de Moraes... Não resisti... Aqui está ele:

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

sábado, fevereiro 17, 2007

eGoíSmO?... Nãaa... He Eh He!


quinta-feira, fevereiro 15, 2007

DiáRiO da Tua AuSênCia I

Nietzsche, que tinha tanto de louco como de sábio, escreveu que a grandeza de um homem está em ser uma ponte e não uma meta. Mas ninguém consegue construír uma ponte sozinho, nem carregar um piano, nem mudar uma casa, por isso aprendi algo mais difícil; aprendi a ficar quieta quando aquilo que mais quero e desejo não depende só de mim. E com essa nova e preciosa lição veio a paz, a tranquilidade, a harmonia dos dias sossegados e das noites de sono profundo.
Aprendi muito contigo, com certeza mais do que possas imaginar. Aprendi com os meus erros, porque é quando se perde que a lição é mais importante. Devia ter ficado quieta mais vezes, devia ter respeitado o teu silêncio e o teu espaço, deixar-te em paz em vez de te pedir o mundo, porque iria sempre amar-te, estivesses ou não ao meu lado, porque fazes parte de mim, mesmo sem saber se és a primeira ou a última peça do meu dominó, mesmo sem saber se o vais pôr de pé ou deitá-lo abaixo.
O amor tem o seu próprio mistério, tentar desvendá-lo é um erro, tentar apressá-lo um crime. Se um dia destes te apetecer voltar para os meus braços e construir um sonho comigo, podes bater à porta porque estarei por aqui, mergulhada numa paz tranquila e nova que me ensinaste sem saber.
O amor é mesmo assim; damos aos outros o nosso melhor sem sequer o saber. E tudo o que damos nunca se perde, nada se perde, apenas se transforma e se guarda numa caixa que só o futuro conhece e desvenda.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

ConSeQuêNciAs das VerDaDeS INconVeniEnTeS

Somos mesmo um país pequenino...
Uma das verdades inconvenientes que me ocorre é que foi necessário o antigo vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore ter cá vindo ontem partilhar, no Museu da Electricidade, em Lisboa, as suas "verdades inconvenientes" sobre as alterações climáticas, para que nos lembrassemos do assunto e de todos os problemas com ele relacionados...
Até tivemos direito a um programa de "Especial Informação" com o título "Verdade e consequência- As alterações climáticas e as suas consequências " em que os professores, Filipe Duarte Santos, Ricardo Aguiar, Rodrigo Oliveira e José Manuel Calheiros, quatro cientistas portugueses, moderados por José Alberto Carvalho, explicaram o que diz a ciência sobre as alterações climáticas.
Enfim... Dizem que mais vale tarde do que nunca!
Quem nunca viu o filme que veja, não só vale a pena, como é importante que seja visto e revisto por todos nós!
A notícia completa do jornal Público aqui.

domingo, fevereiro 04, 2007

As FaCaS

Quatro letras nos matam quatro facas
que no corpo me gravam o teu nome.
Quatro facas amor com que me matas

sem que eu mate esta sede e esta fome.
Este amor é de guerra. (De arma branca).
Amando ataco amando contra atacas
este amor é de sangue que não estanca.
Quatro letras as matam quatro facas.
Armado estou de amor. E desarmado.
Morro assaltando morro se me assaltas
E em cada assalto sou assassinado.
Quatro letras amor com que me matas.
E as facas ferem mais quando me faltas.
Quatro letras nos matam quatro facas.


As facas de Manuel Alegre

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

HoJe...

... estou pior do que ele!!! :o(